Versículos bíblicos

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PELOS FRUTOS OS CONHECEREIS


Diante do atual cenário que estamos vivendo no meio evangélico, surge uma pergunta bastante pertinente: Como reconhecer se determinado ministro ou profeta é verdadeiro ou falso?
O fato é que, há muitos que enganam o povo de Deus.
Isso acontece porque a maioria dos cristãos não lêem a Palavra de Deus, a saber, a Bíblia sagrada. Jesus deixou bastante claro que o que diferencia um profeta do outro, ou melhor, o verdadeiro do falso, são os frutos. Sim, os frutos!
Porque se nos basearmos nos sinais, milagres e prodígios como referencial para atestar a veracidade do profeta , estaremos fadados a cair num tremendo engano.
Jesus disse que os falsos profetas se levantariam e enganariam a muitos e, se possível, até os próprios escolhidos (Mateus 24:11).
Mas como eles conseguiriam enganar muitos servos de Deus?!
Por causa dos milagres, sinais e maravilhas, é claro!!
Um falso profeta pode até mesmo profetizar corretamente para o povo de Deus, porém o seu fruto sempre será mal.
Deixe-me dar um exemplo: Balaão era um profeta corrupto cujo coração era ambicioso, porém ele profetizou corretamente sobre Israel e sobre o nascimento do Messias (Números 23:18-24 e 24:3-9). Mesmo que suas palavras proféticas fossem corretas, seu fruto era mal. Jesus disse que ele “ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem prostituição” (Apocalipse 2:14). Balaão tinha recebido presentes e dinheiro para amaldiçoar Israel, mas, porque ele não pôde amaldiçoar quem Deus tinha abençoado, ensinou a Balaque como colocar os filhos de Israel debaixo de maldição, incitando-os a pecar. Isso os colocaria sob o julgamento de Deus, e foi justamente o que aconteceu: vinte e quatro mil dos filhos de Israel morreram em decorrência da praga que veio como julgamento da sua desobediência (Números 23:08); portanto, o fruto de Balão era mal, ainda que suas profecias fossem corretas.
Na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, no capítulo 5 e versículos 22 e 23 lemos: “mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...”. Esses são os frutos que devem ser vistos na vida pessoal de todo cristão, assim como na vida do verdadeiro profeta. São frutos que somente o Espírito Santo pode produzir, e não nossos próprios esforços. Quando o Espírito controla completamente a vida de um crente, ele produz todas essas graças.
Quando Jesus disse que “conheceríamos os falsos profetas pelos seus frutos” (Mateus 7:20), Ele estava dizendo que podemos discerni-los pelo fruto de suas vidas. E é isso que está escrito em Mateus 7:15-20: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Assim como é impossível uma árvore má dar frutos bons, também é impossível um falso ministro ou profeta produzir bons frutos em sua vida pessoal ou ministerial, mesmo que realize milagres, maravilhas, fale em línguas, etc.
Este é o motivo que levará Jesus a rejeitar essas pessoas naquele grande dia. Nos versículos 21-23 do capítulo 7 de Mateus, o Senhor Jesus enfaticamente diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”.
Lendo esse texto conseguimos perceber que o falso ministro ou profeta poderá profetizar coisas verdadeiras (vide Balaão), expulsar demônios, realizar muitas maravilhas e, detalhe: tudo isso em nome de Jesus Cristo, porém seu fruto continuará sendo mal. Note bem na última frase dita por Jesus: “...vós que praticais a iniquidade”, isso diz respeito ao mal fruto que essas pessoas produziram durante suas vidas e ministério. Isso lhes custará muito caro.
Um dos frutos que Jesus disse que precisamos ver na vida do verdadeiro profeta é o amor. Esse é de extrema importância. O verdadeiro amor não é a busca pessoal, não é motivado por vantagens pessoais ou por prazeres, não é motivado pelo sucesso, reconhecimento, status ou dinheiro. Se você realmente ama alguém não pensará duas vezes em deixar de lado seus desejos e alvos para melhor ajudar o outro. Cristo disse: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” João 15:13.
Também precisamos ver o fruto produzido pelo ministério. Ele está atraindo as pessoas para mais próximo de Deus? Ou está apontando as pessoas para o ministério através da pregação de palavras que elas querem ouvir ao invés daquilo que precisam ouvir? Cada vez mais vemos e ouvimos pregadores e ministros proferirem sermões que não produzem convicção de pecados, para que as pessoas não se sintam ofendidas e deixem a igreja. Se elas partirem, levarão consigo seu dinheiro. O resultado ou o fruto disso é: ninguém se voltando para Deus ou arrependendo-se das más intenções de seus corações ou de sua má conduta, a qual, muitas vezes é tão evidente.
Então quando surge alguém pregando a verdade, esses ministros e alguns membros da igreja começam a se esquivar disso, dizendo: a pregação dele é muito dura. Ele não está sendo amoroso. Mas será que expor a verdade de maneira “direta”, é um indício de falta de amor?
Quando João Batista apareceu no deserto pregando o batismo de arrependimento, a primeira palavra que saiu de seus lábios quando alguns dos fariseus foram assisti-lo foi: “Raça de víboras...” (Lucas 3:7) e no versículo 9 do mesmo capítulo ele diz: “E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo”. Como será que alguns crentes e ministros de hoje tratariam João Batista?
Será que diriam que a palavra dele é dura demais?
Será que os ministros se juntariam para “queimar o filme” dele perante as igrejas?
O apóstolo Paulo é um grande exemplo de um verdadeiro profeta. Com frutos bons em sua vida pessoal e ministerial. O seu ministério sem sombra de dúvida atraía as pessoas para os planos e propósitos de Deus. Na carta a Timóteo no capítulo 3 e verso 10, ele o exorta dizendo: “Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência...”. Percebemos aqui que, mesmo havendo tremendos milagres e dons no ministério de Paulo, ele lembrou a Timóteo que este havia seguido o fruto do Espírito na vida dele (de Paulo), e não os milagres ou a unção.
Finalizo relembrando para que não olhemos para os milagres ou para a unção a fim de determinar se estamos lidando com um falso ou verdadeiro profeta, ou apóstolo, ou irmão, mas olhemos para o fruto da sua vida pessoal e/ou ministerial.


Uander Jeferson.

Baseado no comentário de John Bevere em seu livro Unção profética.

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