Versículos bíblicos

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PARA QUEM ESTIVER OUVINDO

Não tenho emprego, não tenho com que sustentar meus três filhos, estamos passando necessidade e não temos como pagar o aluguel, provavelmente seremos despejados...

Meu filho está nas drogas, minha família está um caos, meu Deus o que será que eu fiz pra merecer isso?!

Depois de 15 anos de casada descobri que meu marido tem uma amante! E tem filhos com ela, e agora o que será de mim?! Meu casamento acabou...

Sou uma artista famosa, tenho dinheiro, carros, mansões, muitos “amigos”, sou convidada para inúmeras festas, mas sempre que acordo pela manhã sinto que minha vida não tem sentido! Esse sentimento de vazio interior está me matando... desculpe já volto, preciso de outro calmante...

Olá meu nome é ****** e eu sou gay, digo pra todo mundo que estou feliz com minha vida, meus pais até me aceitam, do jeito que as coisas estão indo, daqui a um tempo , poderei me casar com um companheiro sabe! Mas... eu não sei, não me sinto completo, sinto que falta alguma coisa... às vezes fico com a consciência pesada... por que será? Nasci assim! Acho que não posso mudar o que sou...

Meu pai é alcoólatra, ele bebe todos os dias e quando recebe dinheiro gasta todo em bebida, minha mãe não agüenta mais, acho que eles vão se separar...

Perdi meus pais num acidente, ninguém quis cuidar de mim então me enviaram para esse orfanato, fico todos os dias sonhando com uma família, sinto tanto a falta da minha...

Não conheço meu pai, minha mãe sai todas as noites, quando pergunto quem é o meu pai ela muda de assunto, queria tanto saber que ele é...

Eu era espancado pelo meu padrasto quando era pequeno, minha mãe nem ligava, estava mais preocupada em ficar no bar, então fugi, hoje moro na rua e dependo de esmolas para sobreviver...

Nasci saudável, mas nos primeiros anos de vida tive paralisia infantil, por causa disso não tive uma infância como todo mundo, ainda hoje tenho muitas dificuldades, não posso dizer que sou infeliz por causa disso, mas também não estou totalmente feliz...

Moro nesse campo para refugiados da guerra civil, minha mãe foi estuprada por mais de dez homens e depois arrancaram os dois seios dela, meu pai e meus irmãos foram assassinados na minha frente, eles tentaram me recrutar para o exército deles, mas consegui fugir... Como duas vezes por semana... não sei porque isso aconteceu... talvez eu tenha sido má pessoa em vidas passadas...

Casei com um homem maravilhoso, tive dificuldade para engravidar, mas afinal conseguimos, tivemos uma linda filha. Criamos ela com muito amor e carinho, sonhávamos com o dia em que ela se casaria, teria filhos... como seria meus netos? Será que pareceriam um pouco comigo? Mas nada disso acontecerá... alguns meses atrás nossa filha nos contou que é lésbica! Meu mundo desabou! Mas o que eu posso fazer? Preciso aceitar... é minha filha! Dizem que as pessoas nascem assim... se é verdade, então porque ela nasceu mulher?!! Quer dizer, se era pra ela gostar de mulher, por que não nasceu homem?! A natureza errou? Deus errou?

Minha vida está um lixo, não consigo me achar bonita, nasci na família errada, nasci no país errado, nasci numa época errada, estou sempre triste, não tenho amigos... a vida tem se tornado cada vez menos interessante, acho que não vale a pena viver... talvez tenha algo melhor do outro lado... vou escrever uma carta de despedida...

Freqüento a igreja desde pequeno, meus pais me levavam, mas sabe de uma coisa? Não levo muito a sério! Por que eu freqüento? Sei lá! Acho que acabei me acostumando... além disso tenho medo de ir para o inferno...

Asalamalaikum! Alá akbá! Já li todo o alcorão, me prostro em oração cinco vezes por dia, quero fazer a vontade de Alá, faria qualquer coisa para agradá-lo, se for necessário, encho meu corpo de explosivo e acabo com todos os inimigos de meu deus.

Minha filha tem uma doença raríssima, ela só tem doze anos, e os médicos dizem que não podem fazer nada, mas os conselheiros de nossa aldeia nos disseram para casá-la com nosso cachorro, pois assim a doença dela passara para ele... vamos fazer isso, amamos nossa filha...

Hoje meu marido morreu, amanhã iremos queimá-lo no ritual de Sati onde eu me juntarei a ele na outra vida, “sei que devo” fazer isso como sinal de minha devoção a ele, mas estou com medo do fogo... mas o que posso fazer? Não tenho outra alternativa...

Meus pais aceitaram um tal de Jesus, mas nosso governo comunista disse que isso era errado, insistiram para que renunciassem mas eles recusaram, então foram espancados até à morte e eu fui levado para um local que o governo chama de Centro educacional onde aprendemos que não existe Deus e que o comunismo é a melhor solução social para a humanidade... quer saber? Tenho ouvido isso 24 horas por dia durante todos esses anos... começo a acreditar que eles estão certos...

Já passei por várias religiões, onde me convidam eu vou. Sei lá! Sinto falta de algo na minha vida, já fui ao budismo, no candomblé, na igreja católica, no espiritismo, seicho-no-ie, nos mórmons e até mesmo naqueles “chatos” das testemunhas de Jeová, depois de tanto insistirem. Recentemente resolvi aceitar o convite de um vizinho para ir à sua igreja, ele me falou sobre Jesus e disse que Ele me amava! Algo me convenceu a ir, mas sinceramente, não vejo coerência naquilo que pregam com o que vivem! Acho que vou continuar com minha busca...

Esse é um pequeno retrato do clamor do mundo, um clamor interior que muitas vezes não é externado e que passa despercebido pela maioria de nós. Um clamor que pergunta:
Será que tem alguém ouvindo?! Será que alguém se importa?! Será que alguém pode fazer alguma coisa?!

Vivemos num mundo cheio de injustiça social, de guerras, violência, má distribuição de renda, das riquezas.
Boa parte desses problemas teriam fim se cada um fizesse sua parte: seja o governo ou o cidadão comum. Porém temos que ter em mente que a origem de todo mal está no pecado e somente em Jesus podemos ter esperança de um mundo melhor, mais que isso, um novo mundo, uma nova vida, Nele.

Provavelmente, como seres humanos, não podemos solucionar muitos dos problemas que existem no mundo. Mas há alguém que pode, aliás, o único que pode, pois todo o poder lhe foi dado no céu e, também, na terra (Mt. 28:18), Jesus é o único que pode solucionar os problemas do mundo. Nele está toda a justiça, Nele está a verdadeira vida, a verdadeira felicidade, a verdadeira paz!

E é por isso que nossa tarefa é tão importante! Precisamos apresentar ao mundo Aquele que pode solucionar todo e qualquer problema, alguém que ama de verdade porque é o próprio amor, alguém que dá verdadeira vida porque é a própria vida!

O mundo precisa de Jesus! Todo problema tem solução Nele, a tristeza encontra alegria Nele, a morte encontra vida Nele!

Apresente esta solução ao clamor do mundo e diga a ele:

Jesus está ouvindo! Jesus se importa! Jesus pode fazer tudo por você!


Uander Jeferson.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CARTA DE UM APAIXONADO

Graça e Paz a todos,


Estava meditando essa semana enquanto caminhava pela praia e percebi que tudo que está acontecendo de errado com o ser humano está de alguma forma associado ao amor. Ele não está sendo capaz de amar ou não está sendo capaz de receber amor. Percebi então que Deus fez a mais linda e melhor declaração de amor que o ser humano já recebeu.


"No princípio criou Deus os céus e a terra.'' Gênesis 1:1 - Deus cria um cenário onde o homem amaria e seria amado, os céus são do Senhor mais a terra deu ao homem conforme encontramos em Salmos 115:15,16 "Sede benditos do Senhor, que fez os céus e a terra. Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens.'' E esse cenário foi o palco da mais linda declaração de amor, feita ao homem.


Com a queda do homem no Jardim do Éden, Deus cria um plano para resgata-lo do pecado, mandando seu único filho, Jesus Cristo. "Ela dará à luz um Filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles.'' - Mateus 1:21. Para entrar na raça humana, o Filho de Deus tinha que vir como uma criança. "Porquanto Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.'' - Colossenses 2:9.


Jesus foi e é o AMOR falando do AMOR, do reino, da felicidade, abrindo e conquistando corações. Mas esse amor foi menosprezado por muitos. Ele foi pregado numa cruz de madeira porque pessoas cruéis O odiavam. Mas Sua morte fazia parte do plano de Deus. Jesus, por Sua própria vontade, entregou Sua vida para salvar a ti e a mim dos nossos pecados. Jesus disse: "Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la....'' - João 10:18


Deus amou o mundo de tal maneira a ponto de dar o seu filho. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Não menospreze esse amor, não menospreze esse sacrifício feito por você. Deus nos convida para um Reino de Amor, para vivermos em amor e ele está batendo na sua porta agora. Devemos aprender a deixar as diferenças de lado e derrubar as paredes que nos fazem sofrer.


Sem o sacrifício não seria possível chegar ao amor.


Deus nos abençoe!


--
Emic Reis

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

: SE...

* Se José dependesse dos votos de seus IRMÃOS, nunca teria sido Governador-geral do Egito. Ele chegou lá porque não dependia dos votos do seu povo. Em caso de eleição, certamente seus irmãos votariam em faraó e quem sabe até na mulher de potifar. Não faltam ímpias buscando votos dos eleitos de Javé.

* Se Moisés dependesse dos votos de seus IRMÃOS, nunca teria sido Legislador dos Hebreus e Líder da Saida Triunfal do Egito. Ele chegou lá porque não dependia dos votos do seu povo, que em caso de eleição certamente votaria no Chefe-geral do CEASA EGÍPCIO, para ter assegurado o suprimento de cebolas, pepinos e melões. E com certeza garantiriam a eleição dos magos da corte. O povo de Deus ama eleger magos e até satanistas para serem seus representantes.

* Se Daniel dependesse dos votos de seus IRMÃOS, nunca teria sido Primeiro-Ministro em Babilonia. Ele chegou lá porque não dependia dos votos do seu povo. Em caso de eleição, eles prefeririam os sátrapas. O povo de Deus tem prazer em votar naqueles que mandarão Daniel para junto dos leões e seus amigos para o meio da fornalha.

* Se Ester dependesse dos votos das suas IRMÃS, jamais teria sido rainha na Pérsia. Ela chegou lá porque não dependia dos votos do seu povo, que prefere eleger vasti no primeiro turno, a fim de manter o ébrio artaxerxes no comando da nação.

* Numa votação feita há dois milênios, os IRMÃOS de Jesus votaram maciçamente em Barrabás, visto que a mídia lhe deu maioria em todas as pesquisas.

Nota: estas reflexões não são políticas e sim espirituais. Nossa fidelidade a Cristo precisa estar acima de dinheiro, empregos, posições, bajulações e fama temporária. Vale a pena viver o que está escrito e prescrito em Lucas 1. 74,75: ...de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.

Pr. Geziel Gomes
http://prgeziel.blogspot.com

SOMENTE CRISTO É CAPAZ

Depois de estar sob os cuidados do Senhor Jesus por tantos anos, haver sido testemunha de Seus inefáveis e infinitos favores e haver lido Sua Palavra ao longo desse tempo, estou absolutamente convicto de Sua majestosa e divina habilidade em agir para com aqueles que seguem Suas Palavras e pisadas. Assim, decidi resumir em dez ítens a capacidade do nosso maravilhoso Salvador.i

SOMENTE ELE É CAPAZ DE...

1. De salvar qualquer pecador, Hb 7.25

2. De curar qualquer enfermo

3. De solucionar qualquer problema

4. De responder qualquer pergunta

5. De amar qualquer inimigo

6. De dominar qualquer potestade maligna

7. De ajudar qualquer necessitado

8. De sustentar qualquer um que Ele levanta

9. De vencer qualquer batalha

10. De fazer por qualquer um de nós, além do que pedimos ou pensamos, Ef. 3:20



Nota: No próximo mês de setembro estarei lançando meu novo livro: ÁGUA, PUDIM E PIMENTA. Maiores informações através do site http://www.editoranovaesperanca.com.br/ .

Pr. Geziel Gomes
http://prgeziel.blogspot.com

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Reino onde o cordeiro vence o lobo

No Reino do nosso Deus algumas coisas “parecem” um paradoxo, quando comparadas ao jeito de ser dos humanos: o fraco que vence o forte, as coisas que não são aniquilam as que são, as coisas loucas confundem as sábias e o cordeiro que vence o lobo.

Pare pra pensar e me diga: parece ou não um paradoxo?

Por exemplo, na cadeia alimentar o cordeiro está abaixo do lobo. É fato!

Quem porventura já viu um cordeiro vencer um lobo?

Mas Jesus, o cordeiro de Deus, venceu a morte e o diabo quando morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.

O jovem Davi venceu um experiente gigante de guerra (literalmente falando) com mais de 3 metros de altura com uma funda e uma pedra lisa. Só nesse episódio de Davi já constatamos a veracidade dos versículos 27 e 28 do primeiro capítulo de I Coríntios: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são.”

Davi sendo fraco, vil e desprezível aos olhos de Golias e dos filisteus aniquilou todos eles. Sendo inexperiente e louco ao aceitar um desafio daquele, confundiu os mais sábios e experientes de guerra!

Mas isso só acontece no Reino do nosso Deus.

No reino humano a lógica é: os fortes vencem os fracos, os sábios sobrepujam os indoutos e o lobo devora o cordeiro!

Sendo assim, o Reino de Deus é um “ótimo negócio” para aqueles que se sentem inferiores e/ou fracos.

Ana reconheceu isso dizendo: “Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo.” I Samuel 2:8

Cabe a cada um fazer uma análise e verificar se é vantagem fazer parte do Reino de Deus ou continuar com o reino humano.

Talvez seja por isso que Jesus nos aconselhou a permanecer no aprisco, porque fora dele existem lobos devoradores. Se fizermos as devidas associações perceberemos que dentro do aprisco (Reino) a ovelha vence o lobo, mas fora dele ela será devorada.

Então entendemos que, dentro do Reino de Deus, as coisas somente são assim por causa de Jesus, o Deus que se fez homem e como homem venceu a morte e o diabo. É por causa Dele que o fraco pode vencer o forte, as coisas loucas podem confundir as sábias e os cordeiros podem vencer os lobos, pois Ele mesmo disse: “sem mim nada podeis fazer” João 15:5b.

Você que está lendo esse texto e está no reino humano venha para o Reino de Deus, confessando a Jesus com teu Senhor e Salvador, se já está no Reino de Deus permaneça nele, lembre-se: você só vence o lobo se estiver dentro do aprisco junto ao seu pastor (Jesus).

Não sei vocês, mas eu prefiro fazer parte de um Reino onde mesmo sendo fraco posso vencer um forte, mesmo sendo louco aos olhos de muitos posso confundir os sábios e mesmo sendo ovelha posso vencer um lobo.

Faça parte desse Reino!

Uander Jeferson.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Precisamos manter o respeito

Respeito é algo de muito valor na vida de qualquer pessoa. Em nome do respeito, ou pela falta dele, assassinatos são cometidos dentro de gangues americanas. Lá, quando alguém perde o respeito, não importa quem ele seja ou de que classe social ele pertença, estará em “maus lençóis”.
Por esses dias eu estava assistindo um filme onde um príncipe foi banido do reino pelo seu pai, o rei, onde fora acusado de ser um fracassado, sendo assim, teria que capturar um grande inimigo do seu reino para ter a oportunidade de retornar. Mesmo usando o uniforme de guerra do seu reino, que o caracterizava como um membro de uma nação poderosa, ainda assim tinha de suportar a vergonha e a zombaria dos seus próprios súditos, pois havia perdido o respeito deles.
Refletindo sobre isso percebi que em nossa vida cristã acontece algo parecido.
Todos nós que aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Salvador fomos abençoados com a adoção. A Bíblia diz que todos aqueles que aceitaram a Jesus receberam o poder de serem feitos filhos de Deus. (João 1:12)

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo. (Gálatas 4:4:7)

Como filhos adotivos fomos revestidos de autoridade e gozamos do direito à herança celestial junto com Cristo, mais do que isso, fomos feitos reis por meio de Jesus. (Ap. 1:6)
Mas o que acontece se esse filho perde o respeito que o seu Pai lhe deu?
O que faz com que os inimigos temam e respeitem esse filho é a posição que ele ocupa no reino: Ele é filho do rei e tem autoridade!
Mas quando esse filho perde esse respeito não importa que “uniforme” esteja usando ou mesmo se é filho do rei, ele será zombado e quem sabe até morto pelos seus “próprios súditos”.
Lembro-me de Absalão, filho do grande rei Davi, quando se rebelou contra seu pai e, mesmo com ordem direta do rei para não lhe fazerem mal, foi morto por seus próprios súditos.
Quando um crente resolve se rebelar contra seu Pai celestial, ele perderá o respeito que lhe foi conferido e, então não importará que tipo de “uniforme” ele usa ou se é filho do rei, sofrerá zombaria e poderá até ser morto.
O ato de rebelião pode tanto ser auto declarado como inferido. Ao se desobedecer uma ordenança divina, o indivíduo está se rebelando à autoridade de Deus. (ver significado da palavra REBELAR no dicionário Aurélio)
O que faz com que satanás e seus demônios temam o cristão é a posição que esse crente ocupa no reino: Filho, que tem autoridade. Ele não é temido simplesmente pelo que é, mas sim pelo que recebeu.

Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. Lucas 10:19

Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido? I Co 4:7

Se porventura o crente perde essa autoridade, quem o respeitará?
Ele poderá dizer que é filho do rei, mas isso só fará com que seja ainda mais alvo de zombaria: filho do rei, sem autoridade!
Ele será alvo de chacota por parte do mundo e poderá ser morto pelos demônios que deveriam estar submissos a ele.

Mas, não vos alegreis porque se vos submetem os espíritos... Lucas 10:20a

De que serve ser filho e não ser respeitado como tal?
Precisamos manter o respeito que nos foi dado, e só conseguiremos isso obedecendo ao Senhor Nosso Deus.
Portanto irmãos, obedeçamos ao nosso Pai, o Rei dos reis, nos santifiquemos todos os dias, morrendo diariamente para a nossa carne, assim permanecendo até o dia de sermos, finalmente, coroados no céu.

Amém,
Uander Jeferson.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Reflexão

“Igualmente, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.”
Mateus 13:45,46.

Estava refletindo hoje sobre o que realmente queremos no reino de Deus. Conversávamos minha esposa e eu sobre isso e dizíamos que a nossa vontade era sermos ricos da presença de Deus.
Imediatamente me lembrei do encontro que tivemos juntamente com a juventude da Adesal Pituba, o qual denominamos: revivendo o “SECOP” (seminário como no pentecostes). Lá a presença do Senhor se manifestou de uma forma incrível e impactante, algo que realmente eu nunca ainda havia experimentado naquela intensidade. A pregação naquela manhã foi simples, profunda, bíblica e cheia de graça e beleza! Não houve jargões, não houve preocupação em fazer o povo glorificar, foi simplesmente a exposição da palavra como ela realmente é, e isso foi realmente magnífico. Durante a pregação, ora em meio ao burburinho dos adolescentes ora no silêncio, quando algo lhes chamava a atenção, sentíamos o nosso coração queimar e nos alegrávamos ao ouvir aquela mensagem. Espero ansiosamente ouvir mais pregações como aquela!
Pois bem, quando nos reunimos para clamar ao nosso Deus, Ele logo manifestou a sua graça e começou a batizar com o Espírito Santo, todos chorávamos e nos alegrávamos com aquele momento tão singular. Então, quando estava num canto glorificando e observando o povo, o Espírito Santo falou claramente ao meu ouvido: Observe o que eu vou fazer hoje!
Em seguida senti o meu corpo ser tomado por um poder tão forte que me fez estremecer ao ponto de quase não suportar, era como se eu fosse explodir de dentro pra fora! Então, Ele me disse: eu quero derramar meu poder, mas eles têm que querer!
Lembro-me de ter comentado isso com João e ele, na mesma hora, sentiu que isso vinha de Deus, pegou o microfone e falou isso para os jovens que estavam ali.
Naquele dia muitos provavelmente não entenderam o real significado dessa palavra: Tem que querer!
Como ser humano, somos, muitas vezes, imediatistas. A maioria de nós, naquele momento, entendeu que Deus estava dizendo que aqueles que quisessem ser batizados e receber poder bastava ir à frente.
Mas era e é muito mais do que esse simples ato momentâneo!
Explicarei de uma forma bastante simples: Quem não gostaria de ser um ator ou atriz famosa? Quem não gostaria de ser um empresário? Com certeza a maioria das pessoas gostaria, ou melhor, quereria!
Não basta levantar a mão e dizer que quer ser um ator famoso ou um empresário, é preciso batalhar! Salvo alguns casos onde o indivíduo nasce num “berço de ouro”, a grande maioria precisa “ralar” para se tornar um empresário. Da mesma forma o ator precisa estudar, fazer cursos de teatro, passar horas a fio decorando textos imensos, treinar interpretação, abdicar de muitas coisas pra conseguir realizar seu desejo, e então, quando a oportunidade aparece eles estão preparados e agarram.
O que quero dizer com isso? Ora está claro! Não basta levantar a mão e dizer que quer receber poder ou ser batizado!
O querer implica em buscar, abdicar, renunciar!
Muitos nem sabiam e nem ainda sabem o porque da necessidade do batismo no Espírito.
No livro de Atos dos apóstolos capítulo 1 e versículo 8 nos diz: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
Acredito que esse versículo esclarece qualquer dúvida.
A pregação da Palavra deve acontecer somente com o poder do Espírito Santo. (Mt. 10:1, Lc 24:49).
É só fazer o convite para ir à frente todos os que querem receber o batismo que a área na frente do púlpito fica lotada, isso acontece em qualquer lugar ou igreja, até nas mais frias. O fato é que muitos dos que vão à frente, simplesmente vão por ir, alguns talvez achem “legal” a idéia, mas só isso mesmo! Poucos são os que vão porque desejam tanto aquilo que, se fosse necessário, pagariam qualquer valor para tê-lo. Não com a mesma pretensão de Simão, antigo mágico de Samaria (Atos 8:9-24), mas com a mesma abdicação e renúncia do homem de Mateus 13:45 que encontrando uma pérola de grande valor foi, vendeu TUDO o que possuía, e comprou-a, ou como aquele homem de Mateus 13:44 que encontrando um tesouro num campo, escondeu, foi vendeu TUDO o que tinha e comprou aquele campo. Nesses textos a comparação é com o reino de Deus, porém o que enfatizo ao citá-los é o mesmo sentimento, a mesma abdicação e renúncia que houve naqueles homens.
Nós precisamos querer de todo o coração!
E isso vale para tudo no reino de Deus. Porque Ele nos ensinou a amá-lo de TODO o coração. (Mateus 22:37).
Precisamos decidir o que de fato queremos!
Chega de viver de momentos!
Falando no contexto da juventude da Pituba: Precisamos decidir o que queremos. Vamos viver a vida toda de momentos? Sempre que tem um evento como o SECOP, os jovens voltam motivados, todo mundo faz promessas que vai buscar mais a presença do Senhor. “Pode contar comigo pra qualquer coisa!”, é o que se ouve de muitos, os cultos subseqüentes ao evento são “poder puro”, lotados, mas toda essa motivação só perdura por algumas semanas. Depois disso voltamos à mesma frieza de antes, ao mesmo desinteresse de outrora. Até quando teremos duplo ânimo?!
Quero terminar meu texto dizendo:
Jesus está voltando!
Milhares de pessoas morrem todos os dias sem Deus, sem salvação, outros milhares vivem como se Deus nem existisse.
O mundo está um caos! Lá fora, o aborto é liberado, a violência cresce assustadoramente, ministros homossexuais são consagrados, igrejas de homossexuais são abertas, a Palavra é distorcida para justificar opiniões, números assustadores de adolescentes e jovens se suicidam, chegando a uma variação entre 20 e 39% os adolescentes homossexuais que se suicidam.
Dentro das igrejas, onde tudo deveria ser diferente, onde deveria haver um povo forte, unido, vivendo em comunhão, um povo que marchando com intrepidez as portas do inferno não prevaleceriam, o quadro é estarrecedor e muito, muito triste!
Disputas para ver quem fica com o maior “pedaço do bolo” têm sido cada vez mais freqüentes. Esquecemos que umas das principais regras de uma guerra é que um reino dividido não vence batalha alguma! (Lucas 11:17)
“...Sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas profetizam por dinheiro...” (Miquéias 3:11)
“...Pastores que apascentam a si mesmos...comem a gordura, vestem-se da lã... mas a fraca não fortalecem, a doente não curam, a quebrada não ligam, as desgarradas não tornam a trazer e a perdida não buscam, mas dominam sobre elas com rigor e dureza.” (Ezequiel 34)
Não quero “jogar merda no ventilador” nem fazer acusações baratas, não quero ser hipócrita apontando falhas sem fazer nada para mudar, quem convive comigo ou me conhece de perto sabe o que procuro fazer e o que tenho feito para fazer a diferença. Também não estou me gabando de coisa alguma! Não preciso disso e nem quero!
Escrevo essas palavras com o coração palpitando e apertado porque desejo ver homens e mulheres, jovens, adolescentes e crianças cheias do poder de Deus buscando a todo custo salvar uma alma do inferno.
Quero parafrasear o Dr. Martin Luther King dizendo: Eu tenho um Sonho!
Eu tenho o sonho de ver milhares de vidas, crentes e ímpios, com lágrimas nos olhos se rendendo a Cristo.
Eu tenho o sonho de ver a igreja unida com um único propósito.
Eu tenho o sonho de poder acreditar nos nossos pregadores quando fazem uso da palavra.
Eu tenho o sonho de ver doentes sendo curados, mortos ressuscitando, pois assim Jesus ordenou que se fizesse. (Mateus 10:8)
Posso parecer um idealista, mas não sou o único, sei que há remanescentes por aí, sei que ainda existem joelhos que não se dobraram à baal.
Levantemo-nos pois e façamos a diferença, tiremos o nosso olhar dos homens e coloquemos em Cristo que é o único que não falha.
Não espere que alguém tome uma atitude, vá e faça!
Daniel poderia ser mais um dentre aqueles nobres que foram levados para a babilônia e viver no conforto que a sua posição lhe permitiria, quem sabe curtir os prazeres babilônicos, mas ele escolheu ser diferente e propôs isso no seu coração.
Quando se tem isso no coração, quando se tem o Reino como o alvo, nada demove você do propósito.
E o propósito é ganhar almas e ir para o céu!



Uander Jeferson.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Que farei de Jesus chamado Cristo?

Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. Mt. 27:22.

Os judeus tinham acabado de prender a Jesus e, intentando matá-lo, levaram-no ao governador Pilatos, visto que eles próprios não tinham autoridade para condenar ninguém à morte.
Jesus então é posto diante de Pilatos e este lhe pergunta: Você é o rei dos judeus? Ao que Jesus responde: tu o dizes!
Com isso entendemos o motivo pelo qual o Mestre estava sendo julgado: contra Ele pesava a acusação de que tinha ele, segundo as más línguas, se intitulado rei (politicamente falando) dos judeus. Isso se percebe claramente quando lemos o relato da crucificação e a escrita colocada acima de Sua cabeça na cruz que dizia: “Jesus nazareno, rei dos judeus”. (Jo. 19:19) Todo o julgamento de Jesus tinha a ver com o fato de ele ser ou não, rei. (Lc. 23:1,2)
O termo rei não era usado claramente, ele era inferido, pois a palavra grega Cristo é equivalente a palavra hebraica Messias, e ambos significam ungido que, por sua vez, era uma alusão profética das Escrituras ao descendente do rei Davi que viria para reinar com poder e justiça e estabelecer a paz (Isaías 11).
Em João 18 a partir do verso 28 Jesus deixa claro que não apenas era chamado rei, mas que nascera para este propósito(vs 37). Esta era a sua missão: estabelecer um reino, porém não um terreno (ainda) e sim o celestial.
Pilatos foi pressionado de todos os lados e, diante da multidão que o assistia naquele pretório, teve que decidir o que fazer de Jesus chamado o Cristo. Deveria decidir se O reconheceria como rei ou se O rejeitaria mandando-o para a cruz. Infelizmente (para ele, Pilatos), ele decidiu mal.
Essa história por muitas vezes tem se repetido em nossas vidas num verdadeiro paralelo espiritual. Não poucas vezes temos que tomar a mesma decisão: o que fazer de Jesus chamado Cristo! E a questão é sempre a mesma: se Jesus é ou não, rei!
As Escrituras nos afirmam que Jesus veio não somente para ser o Salvador, mas também para ser Senhor. Lucas 2: 10, 11 diz: “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”(grifo nosso)
João 13:13 diz: “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.”
Portanto cada um de nós temos que enfrentar o papel exercido por Pilatos. Não num pretório romano, mas onde vivemos, não diante dos judeus mas perante todo o mundo que nos rodeia, não para crucificar a Cristo mas sim para crucificar a nossa vida com Ele, para que essa vida não vivamos mais por nós mesmos mas na fé do Filho de Deus (Gl. 2:20).
Se para nós Ele é rei, então é digno de ser honrado, venerado, enaltecido, louvado, obedecido. Sim, obedecido. Porque, muitas vezes, queremos oferecer tanto sacrifício a Ele quando na realidade o que Ele prefere é a nossa obediência.
“E se teu irmão pecar contra ti sete vezes no dia... perdoa-lhe.” Obedeça! Perdoe.
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti....vai reconciliar-te... depois vem e apresenta tua oferta.” Obedeça! Reconcilia-te com teu irmão primeiro.
“Sede santos, porque eu sou santo.” Obedeça! Seja santo.
Mas acima de tudo ame! Ame-O pelo que Ele é: Salvador e Senhor nosso! Ame também o teu próximo porque destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
(Mateus 22: 36-40; I Coríntios 13: 1-8).

Uander Jeferson.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dízimo: Celebração da Redenção

Dízimo: Celebração da Redenção – por Luciano Subirá


É impossível discutirmos a fundo as questões da nossa vida financeira e da nossa contribuição ao Senhor sem entendermos o que é a Redenção. No Livro do profeta Malaquias, no clássico texto a respeito dos dízimos, encontramos este nível de abordagem. Ao falar sobre a da retenção dos dízimos e ofertas, Deus chama isto de roubo:
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Malaquias 3.8,9)
Uma abordagem do ponto de vista jurídico diria que o assunto abordado por Deus é uma questão de propriedade. Legalmente falando, envolve posse. E não há como falarmos de coisas que dizem respeito à propriedade de Deus, sem antes estudarmos a Lei da Redenção.
ENTENDENDO A REDENÇÃO
Para muitos cristãos, a palavra “redenção” não significa nada mais do que “perdão dos pecados” ou “salvação”. Mas o seu significado vai muito além disto!
A palavra “redenção” significa “resgate” ou “remissão”. Ela retrata o ato de se readquirir uma propriedade perdida. Antes de Deus estabelecer algumas verdades no Novo Testamento, Ele determinou que elas fossem primeiramente ilustradas no Antigo Testamento:
“Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.” (Hebreus 10.1 – TB)
A sombra é diferente do objeto que a projeta. Assim também, o que se via nas ordenanças da Antiga Aliança eram características similares (em ordenanças “literais”) às dos princípios que Deus revelaria nos dias da Nova Aliança (práticas espirituais). Por exemplo, o ato da circuncisão deixou de ser “literal” e passou a ser uma experiência no coração (Rm 2.28,29). A serpente que Moisés levantou no deserto se tornou uma figura da obra redentora de Cristo na Cruz (Jo 3.14). Assim também, outros detalhes da Lei que envolviam comida, bebida e dias de festa, começaram a ser vistos, não como ordenanças “literais” pelas quais quem não as praticasse poderia ser julgado, mas como uma revelação de princípios espirituais, cabíveis na Nova Aliança:
“Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o corpo é de Cristo.” (Colossenses 2.16,17)
É desta forma que precisamos olhar para a Lei da Redenção no Antigo Testamento. Durante anos Deus fez o povo praticar pela fé uma tipologia do que Ele Mesmo um dia faria conosco. Foi assim com o sacrifício do cordeiro que os israelitas repetiam anualmente em várias cerimônias; por fim, vemos João Batista apontando para Jesus e dizendo:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29)
Paulo se referiu a Jesus como sendo o Cordeiro Pascal (1 Co 5.7). Vemos nestas passagens que as práticas repetidas por centenas e centenas de anos visavam levá-los a entenderem uma figura que só seria revelada posteriormente. Com a Redenção não foi diferente.
O Livro de Rute nos mostra Boaz resgatando (ou redimindo) as propriedades de Noemi. Ele estava readquirindo uma posse perdida.
Toda dívida tinha que ser paga. Se uma pessoa não tivesse recursos para honrar os seus compromissos, ela deveria dar os seus bens em pagamento, e, se também não fossem suficientes, ela deveria dar as suas terras. E, se isto ainda não bastasse para a quitação da sua dívida, o próprio indivíduo (e às vezes até a própria família) deveria ser dado como pagamento. Isto faria dele um escravo!
Lemos em 2 Reis 4.1-7 que uma mulher viúva teria seus filhos transformados em escravos se ela não pagasse a sua dívida. E, quando isto acontecia com alguém, só havia duas formas de esta pessoa sair da condição de escravidão: ou alguém teria que pagar a sua dívida (um redentor), ou ela teria que esperar nesta condição até que o Ano do Jubileu (que se repetia a cada cinqüenta anos; a exceção ocorria quando o escravo também era um judeu – Êx 21.2) chegasse. Veja o que a Lei dizia acerca disto:
“Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que seu irmão vendeu. Se alguém não tiver resgatador, porém vier a tornar-se próspero e achar o bastante com que a remir, então, contará os anos desde a sua venda, e o que ficar restituirá ao homem a quem vendeu, e tornará à sua possessão. Mas, se as suas posses não lhe permitirem reavê-la, então, a que for vendida ficará na mão do comprador até ao Ano do Jubileu; porém, no Ano do Jubileu, sairá do poder deste, e aquele tornará à sua possessão.” (Levítico 25.25-28)
Neste texto, que fala somente da perda da terra, e não da escravidão, vemos que havia três formas de alguém recuperar as suas posses:
• a redenção (o pagamento feito por um parente);
• o perdão da sua dívida, proclamado no Ano do Jubileu;
• a sua própria possibilidade de pagar caso viesse a prosperar (o que não ocorria no caso dos escravos).
Para o escravo, porém, só havia duas formas de ficar livre: o Jubileu (já vimos que a exceção a este prazo ocorria no caso de um hebreu ter sido comprado como escravo por um outro hebreu. Neste caso ele teria que libertá-lo depois de seis anos de servidão – Êx 21.2) ou a Redenção!
A redenção era o pagamento da dívida, feito por um parente próximo. Por meio do pagamento, ele comprava de volta tudo aquilo que se perdera. Assim a pessoa que fora escravizada não mais pertenceria a quem antes ela devia, mas ao que pagava sua dívida. Por exemplo: se eu me endividasse a ponto de perder todas as minhas posses e fosse transformado num escravo, e o meu irmão me resgatasse, eu não deixaria de ser escravo! Eu somente mudaria de amo! Eu passaria a ser escravo do meu irmão, porque ele me comprou!
E qual seria o proveito disto? De que adiantaria ficar livre de um, para se tornar escravo de outro? A diferença era que o novo dono era um parente e ele pagou aquela dívida por amor (uma vez que um escravo normalmente não custava tanto), e, justamente por causa do seu amor, ele trataria o escravo com brandura, com misericórdia.
O QUE CRISTO FEZ POR NÓS
Foi exatamente isto que Jesus fez por nós! Jesus Cristo nos comprou para Deus através da Sua morte na Cruz:
“… porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” (Apocalipse 5.9b,10)
O homem se transformou num escravo de Satanás ao render-se ao pecado no Jardim do Éden. A Bíblia declara que “aquele que é vencido fica escravo do vencedor” (2 Pe 2.19), e foi isto que ocorreu ao primeiro casal. Eles foram separados da glória de Deus e perderam a filiação divina. Adão foi chamado filho de Deus (Lc 3.38), mas esta condição não foi mantida. Quando Jesus veio ao mundo, Ele foi chamado de Filho Único de Deus (Jo 3.16), mas Ele veio mudar esta condição e passou a ser o Primogênito de muitos irmãos (Rm 8.29).
O Diabo se assenhoreou do homem e da Terra, que fora dada ao homem (Sl 115.16), e afirmou isto para Jesus na tentação do deserto (Lc 4.6). Mas Jesus veio pagar a nossa dívida do pecado, e, ao fazê-lo, garantiu a nossa libertação das mãos de Satanás:
“Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a nossa redenção, a remissão dos nossos pecados.” (Colossenses 1.13,14 – TB)
Observe o termo “resgatou”, que aparece quando o apóstolo Paulo está falando que fomos transportados do Reino das Trevas e levados ao Reino do Filho de Deus. Depois, ele afirma: “no qual temos a nossa redenção”. Esta redenção foi um ato de compra, efetuado pelo pagamento da dívida do pecado:
“Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz; e tendo despojado os principados e potestades, os exibiu abertamente, triunfando deles na mesma cruz.” (Colossenses 2.14,15 – TB)
O Texto Sagrado revela que Jesus despojou os príncipes malignos. Segundo o Dicionário Aurélio, “despojar” significa: “privar da posse; espoliar, desapossar”. Isto nos faz questionar o que, exatamente, Jesus tirou destes principados malignos. O que eles possuíam que pudesse interessá-Lo? Nada, a não ser o senhorio sobre as nossas vidas! O despojo somos nós, que fomos comprados por Ele para Deus, e, a partir de então, passamos a ser propriedade de Deus. É exatamente assim que as Escrituras se referem a nós. Somos agora chamados de propriedade de Deus:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2.9)
Repetidas vezes encontramos a ênfase de que o Senhor Jesus Cristo nos comprou para Si. E o preço pago foi o Seu próprio sangue!
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.” (1 Pedro 1.18,19)
Portanto, quando Jesus nos comprou, Ele nos livrou da escravidão do Diabo, mas nos fez escravos de Deus! Coisa alguma do que “possuímos” é de fato uma propriedade exclusivamente nossa. Nem as nossas próprias vidas pertencem a nós mesmos! Somos propriedade de Deus! Ele é o nosso Dono! Conseqüentemente, tudo o que nos pertence, é d’Ele também!
Referindo-se ao Espírito Santo em nós, Paulo O chamou de “o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus” (Ef 1.14 – ARC). Observe que o termo “herança” aparece associado aos termos “redenção” e “possessão”, pois é disto que o princípio da redenção sempre trata: o resgate da propriedade!
CELEBRANDO A REDENÇÃO
A consciência da Redenção deve provocar em nós uma atitude de gratidão e de culto a Deus. Paulo falou sobre vivermos uma vida de santidade, que é fruto desta consciência:
“Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (1 Coríntios 6.18-20 – ARC)
O apóstolo deixa claro, em três frases distintas, a ênfase de que somos propriedade de Deus. Primeiro ele afirma que não somos de nós mesmos. Depois ele declara que fomos comprados – e por um bom preço! E finalmente ele diz que o nosso corpo e o nosso espírito “pertencem” (verbo que indica posse) a Deus.
Portanto, separar-se do pecado e santificar-se para Deus é glorificá-Lo por meio do corpo. Não é um culto de palavras, mas não deixa de ser uma exaltação. É um culto de santidade e boa mordomia! Celebramos a Redenção não só por meio de cânticos, mas também de atitudes. Quando reconhecemos que Deus comprou o nosso corpo e cuidamos dele com a consciência de que ele é de Deus, estamos cultuando ao Senhor.
Da mesma forma, há um culto que é expresso não só por meio de palavras, mas também por nossas atitudes em relação às nossas finanças. Assim como Deus redimiu o nosso corpo, Ele também redimiu os nossos bens. Logo, da mesma forma como o bom uso do corpo (em santidade) glorifica a Deus, assim também o bom uso dos nossos recursos financeiros, que são de Deus, O glorifica!
A SIMBOLOGIA DO QUE JOSÉ FEZ
José comprou para Faraó todo o povo egípcio:
“Findo aquele ano, vieram a José no ano seguinte e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu senhor que o nosso dinheiro está todo gasto; as manadas de gado já pertencem a meu senhor; e nada resta diante de meu senhor, senão o nosso corpo e a nossa terra; por que morreremos diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e a nossa terra em troca de pão, e nós e a nossa terra seremos servos de Faraó; dá-nos também semente, para que vivamos e não morramos, e para que a terra não fique desolada. Então disse José ao povo: Hoje vos tenho comprado a vós e a vossa terra para Faraó; eis aí tendes semente para vós, para que semeeis a terra.” (Gênesis 47.18,19,23)
O que aconteceu com este povo? Deixaram de pertencer a si mesmos e passaram a pertencer a Faraó! O seu gado, as suas casas, as suas terras – tudo pertencia ao rei do Egito! Eles se tornaram servos de Faraó, para cuidarem do que era dele!
O que Cristo fez conosco por meio do Seu sacrifício na Cruz foi algo semelhante. Isto é o que significa “redenção”. Originalmente éramos propriedade de Deus, mas a nossa queda e o nosso pecado nos roubaram isto. Quando Cristo pagou o preço da nossa dívida, Ele nos remiu da mão daquele que havia se tornado o nosso dono, o Diabo. Quando declaramos que somos servos de Deus, estamos reconhecendo que não pertencemos a nós mesmos, e que tudo o que temos na verdade pertence ao Senhor. Somos apenas mordomos de algo que não é nosso! Não nos atolaríamos em dívidas geradas em caprichos e excessos, se andássemos com esta mentalidade. Se sempre tomássemos decisões na área financeira, com a consciência de que os recursos empregados pertencem ao Senhor, cometeríamos menos erros.
Quando José comprou aqueles egípcios para Faraó, tudo o que era deles passou a ser de Faraó; logo, toda a renda deles deveria ir para Faraó. Mas o que fez o rei egípcio com o povo? Ele tomou tudo o que era deles? Não! Ele permitiu que eles usassem a terra e os demais recursos para que vivessem; mas, para que se lembrassem sempre que tudo o que eles tinham não era deles, um quinto da colheita (ou 20% da renda) ia para Faraó:
“Há de ser, porém, que no tempo das colheitas dareis a quinta parte a Faraó, e quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento e dos que estão nas vossas casas, e para o mantimento de vossos filhinhos.” (Gênesis 47.24)
E o que os egípcios fizeram? Ficaram reclamando e dizendo que era injusto? Claro que não! A reação deles foi justamente o contrário:
“Responderam eles: Tu nos tens conservado a vida! Achemos graça aos olhos de meu senhor, e seremos servos de Faraó.” (Gênesis 47.25)
Viver como servos de Faraó era para eles um privilégio, pois nem vivos estariam, se não fosse a intervenção do rei! Eu vejo nisto um perfeito paralelo do que Deus fez conosco. As nossas vidas e tudo o que tínhamos passaram a pertencer ao Senhor, mas Ele não queria tomar tudo de nós! Ele queria que continuássemos vivendo! Ele queria que vivêssemos melhor do que viveríamos se não fôssemos mordomos Seus. É como se Ele estivesse nos dizendo:
“Vão em frente! Usem o que é Meu para que vocês possam viver as suas vidas e continuar produzindo, mas não quero que vocês se esqueçam que vocês são apenas mordomos do que não pertence a vocês. Então, de toda a sua renda Eu quero um décimo (dízimo) para Mim, além do que vocês me darão espontaneamente!”
E sabe o que muitos crentes ainda dizem?
“Isto não é justo!”
Como isto pode ser algo injusto? Ao invés de nos regozijarmos por pertencermos a Ele e podermos servir Aquele que redimiu as nossas vidas, reclamamos muitas vezes por termos que devolver um pouco do que é d’Ele. Isto é ingratidão! É falta de compreensão do que é a Redenção!
Há pessoas que consideram os dízimos como se Deus quisesse tirar dez por cento do que é nosso. Mas esta não é a perspectiva correta. É Deus que permite que fiquemos com noventa por cento do que é d’Ele! A maioria de nós ainda não conseguiu compreender que a entrega dos dízimos é uma forma de celebrarmos a Redenção. Ao dizimarmos, não só expressamos gratidão pelo que Ele fez por nós e nos mantemos conscientes do nosso lugar em nosso relacionamento com Deus, mas também realizamos um ato profético.
UM ATO PROFÉTICO
A entrega dos dízimos é um ato profético. Semelhantemente aos israelitas que, ao celebrarem a primeira Páscoa praticaram um ato profético, assim também fazemos algo semelhante ao dizimarmos.
Deus advertiu que naquela noite o Anjo da Morte haveria de matar todos os primogênitos dos homens e dos animais no Egito (Êx 12.12). Em todas as pragas anteriores, os hebreus haviam sido poupados, mas, naquela noite, a proteção não seria automática, mas dependeria de um ato profético, com um simbolismo espiritual. Cada um deles deveria aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa aos umbrais de suas portas:
“O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12.13)
O sangue de um animal não tinha o poder de promover em si uma proteção espiritual. Ele era só um sinal, uma mensagem simbólica! Era um ato profético, por meio do qual eles reconheciam a redenção de Deus em suas vidas naquela noite e apontavam para o futuro, quando Cristo viria nos resgatar e nos proteger por meio do Seu sangue vertido na Cruz.
O interessante é que os hebreus não precisavam se proteger. Eles somente precisavam cumprir o sinal que foi estabelecido por Deus. Então, o próprio Deus cuidaria da proteção deles. Mas, se não O obedecessem, não fazendo o sinal de proteção, então a morte dos seus primogênitos seria inevitável:
“Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” (Êxodo 12.22,23)
Há algo que precisa ser entendido aqui. Deus diz: “Eu passarei pelas portas… Eu ferirei os primogênitos…” Em primeira instância, parece que é Ele fazendo tudo pessoalmente, mas não é isto o que vemos aqui. Vemos Deus determinando a execução do juízo, mas não exercendo-o sozinho e diretamente. O versículo 23 termina dizendo que Deus não permitiria que o Destruidor entrasse. Logo, quem executava as mortes não era Ele pessoalmente, mas um anjo. Vários textos do Antigo Testamento mostram enfaticamente Deus exercendo este juízo (Nm 33.4; Sl 135.8), mas a forma como Ele executou isto é o que estamos discutindo aqui.
E que anjo era este? Ele foi chamado de “Destruidor”. Curiosamente, este mesmo nome é dado ao Anjo do Abismo, cujo nome em hebraico é “Abadom”, e o nome em grego é “Apoliom” (ambos significam “destruidor”); e a Palavra de Deus declara que ele era o rei sobre os outros anjos que saíram do abismo (Ap 9.11)! No juízo que Deus determinou sobre a cidade de Jerusalém, o Anjo Destruidor também foi enviado (1 Cr 21.15). Satanás executa atos de juízo divino quando ele é liberado para ferir e destruir os que desobedecem. E não tenho medo de dizer que quem de fato exerceu o juízo de Deus naquela noite foi o Diabo, o Anjo da Morte.
As Escrituras dizem que um espírito maligno da parte do Senhor atormentava a Saul (1 Sm 16.14-16). Isto não quer dizer que o espírito maligno era do Céu, mas que ele foi autorizado por Deus para exercer juízo sobre quem se afastou deliberadamente do Senhor!
O sangue naquela noite era um sinal de propriedade. E o Diabo não pode ir além do sangue. Lemos em Apocalipse 12.11 sobre um grupo de fiéis que venceram a Satanás, e o texto revela que eles o venceram pelo sangue do Cordeiro! Satanás não pode tocar no que é de Deus.
Conheci pessoas que foram alcançadas por Jesus e que antes serviam aos demônios. Eu ouvi pessoalmente de algumas delas que, antes da sua conversão, elas tiveram experiências que as fizeram refletir sobre o cuidado de Deus com os Seus. Uma destas pessoas, a irmã Vilma Laudelino de Souza (hoje missionária), quando pertencia à magia negra, tentou matar uma crente com os seus trabalhos, mas o demônio disse que não poderia fazer nada contra tal pessoa, a qual, nas palavras dele mesmo, tinha um “espírito terrível”. Uma outra pessoa, o irmão Carlos (hoje pastor), quando ainda era um bruxo, tentou violar o túmulo de uma cristã, mas a entidade que lhe apareceu materializada no momento do trabalho disse que o Carlos não poderiam tocar naquele corpo, uma vez que ele pertencia a quem o próprio demônio chamou de “O Homem Lá de Cima”! Aleluia! Se até os restos mortais do crente, que sofreram decomposição, estão sob proteção divina, o que não dizer de nós hoje, de nossas famílias e bens?
Quando um hebreu estava colocando o sinal do sangue na porta, ele estava dizendo com aquele gesto que aquilo era propriedade de Deus e não podia ser tocado. E sempre que a Redenção está em questão, Deus decide defender pessoalmente o que é Seu. Foi assim na Páscoa, e é assim com os nossos dízimos hoje. Quando dizimamos, Ele Mesmo repreende o Devorador!
No momento em que o crente entrega os seus dízimos diante de Deus e de todo o reino espiritual, ele está reconhecendo a Redenção e a conseqüência de ter a Deus como seu Dono, bem como de tudo o que lhe pertence. Diante deste reconhecimento, o Senhor mesmo afasta o Devorador e protege o que é d’Ele. E o Diabo não se atreve a tentar tocar no que pertence a Deus!
Mas, quando desobedecemos o mandamento referente aos dízimos, estamos declarando que Deus não é o Dono destas quantias. E não só estamos roubando os dízimos (o que é uma apropriação indébita do que é de Deus), como também estamos nos apropriando dos noventa por cento que ficam. E, ao fazermos isto, o Diabo está de longe, assistindo tudo. Aí então ele diz: “Ah, este dinheiro não é de Deus? O que é de Deus eu não posso tocar, mas o que é seu…”
E é aí que as perdas ocorrem! Devemos fazer dos dízimos um ato de celebração da Redenção. O número dez está ligado à simbologia da Redenção. Mesmo quando ele fala de prova (nos Dez Mandamentos) ou juízo (nas dez pragas), é porque a Redenção está por trás da história. O cordeiro da Páscoa deveria ser escolhido no dia dez do mês de Abib (Êx 12.3). Ao entregarmos os nossos dízimos, devemos ser gratos pela Redenção e compreender que, através deste gesto, redimimos os noventa por cento da renda restantes para administrá-los para o Senhor.
PERDAS E GANHOS
Muitos não entendem a bênção e a maldição mencionadas por Malaquias em sua profecia. Acham que Deus ameaça os Seus filhos, para que O obedeçam por medo, mas não se trata disto!
Vimos que o Diabo não pode tocar no que é de Deus, mas ele pode tocar em nosso dinheiro quando deixamos de reconhecer a Deus como Dono de tudo o que temos. Devido ao nosso pecado de roubarmos o que é de Deus, o Maligno encontra uma brecha para nos tocar. Esta é a razão pela qual a maldição fere os que negligenciam a entrega dos dízimos. As perdas se manifestam em decorrência de uma maldição, a qual, por sua vez, entra em nossas vidas pela desobediência.
Por outro lado, a bênção proveniente da fidelidade nos dízimos também precisa ser entendida. Ela não se trata de uma recompensa por um bom comportamento, mas dos princípios que estão sendo devidamente aplicados pelo cristão. Será que há ganhos para os que dizimam? Claro que sim! Mas eles não devem ser vistos como se Deus estivesse aumentando o nosso patrimônio, e sim como uma forma de Deus aumentar o patrimônio d’Ele, sob nossa mordomia. Jesus nos ensinou um princípio que rege vários aspectos da vida cristã:
“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.” (Lucas 16.10)
Se não dizimarmos o pouco que Deus nos confiou, mas O roubarmos, com uma atitude de infidelidade em nossa mordomia, Ele não nos confiará mais, pois continuaríamos sendo injustos no muito. Esta infidelidade impede a bênção financeira sobre quem retém os dízimos!
Por outro lado, quem é fiel no pouco também o será no muito. Se demonstrarmos obediência, dizimando o que já temos, Deus nos confiará mais dos Seus bens. Esta é a prova que determina quem receberá mais do Senhor e quem não receberá!
MANTENDO-NOS CONSCIENTES
Jesus instituiu uma Ceia Memorial para que sempre recordássemos o que Ele fez por nós na Cruz (1 Co 11.24,25). O Senhor conhece a nós, como também a nossa inclinação ao esquecimento do que Ele fez por nós. Portanto, Ele estabeleceu uma forma de nos manter conscientes do que Ele fez. Os dízimos também servem para este mesmo propósito. A sua relação com a Redenção deve nos manter conscientes de que Deus é o nosso Dono e que somos propriedade Sua.
Assim como a Ceia faz parte de um culto de gratidão e anuncia uma mensagem (a morte do Senhor até que Ele venha – 1 Co 11.26), assim também a entrega dos dízimos celebra a Redenção e testemunha à nossa consciência que pertencemos ao Senhor. É interessante observarmos que a primeira menção dos dízimos na Bíblia aparece justamente num contexto de redenção (Abraão resgatando o seu sobrinho Ló), juntamente com a tipologia da Ceia: Melquisedeque (que recebe os dízimos) veio ao encontro de Abraão, trazendo pão e vinho. Quando temos o Culto de Ceia na igreja que eu pastoreio, deixamos para entregar os nossos dízimos no momento em que participamos da Ceia. Assim como celebramos a Ceia, lembrando o que o Senhor fez por nós na Cruz, assim também celebramos a Redenção ao entregarmos os nossos dízimos.
Quando você entregar os seus dízimos em sua igreja local, faça-o com esta consciência. Uma atitude correta com relação ao que você oferece ao Senhor é um passo vital para você desfrutar das Suas bênçãos!
(Extraído do livro “Honrando ao Senhor Com Nossos Bens”, de Luciano Subirá)
- - - – - – - – - – - – - – - – - – - -
Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

Avivamento já

“Já é tempo de operares, ó SENHOR, pois eles têm quebrantado a tua lei.”
“Rios de lágrimas correm dos meus olhos, porque a tua lei não é obedecida.”
Salmo 119:126 e 136


Sempre que o povo de Deus esquece os preceitos do Senhor e envereda por caminhos que os leva para longe dEle, se faz necessário um avivamento.
Avivamento, no Velho Testamento, vem do verbo hebraico hyh (avivar) que tem o significado primário de “preservar” ou “manter vivo”. No Novo Testamento que está em grego, algumas palavras comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos (como é o caso de ‘anazopyréo’ em II Tm 1.6) ou a uma planta que lança novos brotos e “floresce novamente” (conforme ‘anaphallo’ em Fp 4:10).
O verdadeiro avivamento é um retorno ao primeiro amor. Um retorno aos princípios bíblicos, é salvação de almas e restauração dos caídos.
O resultado obtido todas as vezes que Deus aviva é sempre o mesmo: Purificação, correção e livramento do mal.
Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.
Avivamento é, simplesmente, aquele momento quando Deus se manifesta diretamente no meio dos homens, quando Ele “rasga os céus e desce” como está escrito em Isaías 64:1.
Enquanto vivermos nesse mundo de pecado, sempre haverá a necessidade de um avivamento.
Na Bíblia temos relatos de grandes avivamentos e, talvez, o início de tudo está narrado em Gênesis 4:26 “E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR.”
Ora, o nome Enos quer dizer fraco ou doente. Isso mostra que Sete estava reconhecendo a situação de decadência da sua família e demonstrando ter necessidade da graça divina.
Esse é o primeiro passo para que ocorra um avivamento:


Reconhecer o estado de decadência espiritual e se arrepender clamando pela graça divina.


Em II Reis nos capítulos 22 e 23 lemos sobre o reinado de Josias. O povo de Israel estava vivendo uma época de verdadeira decadência espiritual. Os dois reis que antecederam à Josias, Manassés e Amom, haviam feito pecar toda a congregação de Israel como nenhum outro rei fizera antes, exemplo disso foi o rei Manasses ter sacrificado seus próprios filhos ao deus pagão Moloque. Lemos na narrativa que o Sacerdote Hilquias, como que ‘por acaso’, encontrou o livro da lei na casa do Senhor e mandou entregar ao rei que ao ouvir o que estava escrito rasgou as próprias vestes, pois reconheceu que seus antepassados e sua própria geração haviam negligenciado as palavras da lei.
Ora, o ato de rasgar as vestes, entre seus muitos significados, representa grande arrependimento.
No livro do profeta Joel, no capítulo 2, lemos sobre a promessa de um grande avivamento: “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.”
Porém se atentarmos bem perceberemos que no início do capítulo ele diz: “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene.”
Isso significa que antes que Deus possa derramar um avivamento sobre nós temos que rasgar o nosso coração, nos arrepender, nos convertermos de fato!
Em segundo lugar:
É necessário haver alguém sensível, alguém que veja o estado decadente dos seus irmãos e não se conforme com a situação.
Em I Reis 18:18 e 19, Elias chega diante do rei Acabe e diz: Tu e a casa de teu pai, tem perturbado a Israel, porque deixaram os mandamentos do Senhor e seguistes a Baalim. Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.
No monte Carmelo ele se dirige ao povo dizendo: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o.”
O que se segue é um grande avivamento, quando o fogo cai do céu, todo o povo fica extasiado e começa a gritar: Só o Senhor é Deus!
Outro grande exemplo é Moisés. Em Êxodo 2:11 lemos que Moisés já homem saiu para ver os seus irmãos e atentou para as cargas deles. Olhou para um lado, olhou para o outro e, não vendo ninguém, matou o egípcio que feria um de seus irmãos.
Deus está precisando de homens e mulheres que saiam do seu comodismo e se recusem a serem chamados filhos de Faraó. Ele quer que você saia um pouco do palácio e faça uma visita aos seus irmãos, então você vai ver a situação de decadência espiritual em que se encontram. Levante as mãos e “mate” tudo aquilo que fere o teu irmão.
Acredito que a atitude de Moisés agradou tanto a Deus que Ele olhou lá de cima e disse: É esse camarada que eu vou usar, ele é capaz de ver o mal e não se conformar.
Talvez você diga: poxa mas essa não era a forma mais acertada dele resolver a situação! Eu te respondo: Talvez! Talvez não fosse a melhor forma, mas ele se recusou a ficar de braços cruzados enquanto seus irmãos sofriam. Ele tomou uma atitude e era isso o que ele podia fazer naquele momento.
Mais tarde Deus aparece para ele lá no deserto no meio de uma sarça e diz: “Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito.” Em outra tradução lemos: “De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito.” Isso nos faz pensar que Moisés talvez tenha passado 40 anos no deserto, lembrando dos seus irmãos que ficaram lá no Egito sofrendo e, talvez, tenha clamado: DEUS olha para aflição do teu povo! Olha para a situação espiritual do teu povo! Será que o Senhor não está vendo essa situação?! Então, depois de anos clamando Deus aparece para ele e diz: De fato eu tenho visto! Ou seja, claro que eu tenho visto! Vá, pois, agora; eu te envio a faraó para tirar o meu povo do Egito. Deus estava dizendo para Moisés: Gostei de tua atitude há 40 anos atrás e agora chegou o momento de você voltar lá e acabar o que começou, só que desta vez, da maneira certa! Agora, Eu te envio!
Tome um atitude e você verá o que Deus fará através da tua vida!
Deus conta comigo e com você para trazer um avivamento em nossa geração.
Quando você se levanta pra fazer alguma coisa para mudar a sua geração, Deus olha pra você e diz: É ele que eu vou usar, é ela que eu vou usar! Finalmente encontrei um homem ou uma mulher sensível o suficiente para sentir aquilo que eu estou sentindo!
Em todos os grandes avivamentos do passado Deus sempre se utilizou de um ou poucos indivíduos inconformados com sua geração para usá-los.
John Wesley foi um deles. Em 1729, juntamente com seu irmão Charles, formou um pequeno grupo, que nunca passou de 15 membros, para orar, estudar a Bíblia e se encorajarem mutuamente. Anos depois, alguns desses membros do chamado “clube santo”, impactaram o mundo com um grande avivamento, dentre os quais George Whitefield, grande pregador de multidões e o próprio John Wesley por cuja causa criou-se a denominação metodista.
Charles Finney é um outro exemplo. Numa certa ocasião, enquanto orava num matagal, foi tão fortemente impactado pelo batismo com o Espírito Santo que começou a pregar poderosamente a palavra de Deus. Ele conta que numa vila perto da cidade de Antwerp pregou ao povo reunido na escola, e sua pregação foi interrompida por um grande mover do Espírito Santo, com apenas 15 minutos de pregação sobre o arrependimento as pessoas começaram a cair de joelhos por todos os lados clamando por misericórdia, tão grande foi o convencimento do Espírito nos corações que ele precisou falar com algumas pessoas dizendo que elas ainda não estavam no inferno!
Milhares de pessoas, percebendo a presença de Finney na cidade, corriam suplicando que ele ficasse hospedado ali para pregar-lhes a palavra.
Por último, temos o exemplo de Evan Roberts. Esse jovem de apenas 26 anos foi usado por Deus para trazer um dos mais impressionantes moveres de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus e a notícia foi espalhada ao redor do mundo. Uma característica bastante peculiar no avivamento do país de Gales foi que todos os envolvidos na chegada do avivamento eram jovens.
Evan Roberts tinha apenas vinte e seis anos de idade quando irrompeu o avivamento. Sua irmã, Mary, que foi uma parte tão importante da obra, tinha dezesseis. Seu irmão Dan e o futuro marido de Mary, Sydney Evans, estavam ambos com cerca de vinte anos. As "Irmãs Cantoras", que foram usadas grandemente, estavam entre as idades de dezoito e vinte e dois anos. Milhares de jovens se converteram e eram imediatamente enviados por toda a terra testificando da glória de Deus. Criancinhas tinham suas próprias reuniões de oração e testemunhavam ousadamente aos pecadores mais endurecidos. As capelas ficavam superlotadas de jovens.
Todas essas pessoas eram gente comuns como eu e você, o que nos diferencia delas é que todas buscaram o avivamento para a sua geração. Elas saíram do palácio e foram ver como seus irmãos estavam e, ao verem a deplorável situação espiritual em que se encontravam, não se conformaram e resolveram fazer alguma coisa.
E você?! Está disposto a fazer alguma coisa? Deus conta com você! Ele está esperando uma reação sua!
Vai “matar o egípcio” que fere teu irmão ou vai ficar olhando ele oprimir teu irmão com cargas pesadas e chicotes?
Vai enfrentar os “450 profetas de baal e os 400 de asera” ou vai se esconder dentro de uma caverna com medo de morrer? (Mt. 10: 28)
Você é a pessoa escolhida por Deus para trazer o avivamento a nossa geração!
Que o Senhor Jesus nos desperte para a urgência de um avivamento genuíno.


“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o Senhor vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus? Então o Senhor se mostrou zeloso da sua terra, e compadeceu-se do seu povo.” Joel 2: 12-18


Amém.

Uander Jeferson.