Versículos bíblicos

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PAIXÃO E PAIXÃO


Algumas palavras do vocabulário são como as ondas do mar: sobem e descem com freqüência.
Sempre se falou de rei como sendo um monarca; de gato como sendo um animal doméstico; de fera como sendo um animal das florestas.
Hoje, existem reis para todos os gostos: da soja, do futebol, do carnaval, do mate, do gado, do bacalhau, do rock, etc., etc.
Gato para algumas senhoritas do mundo é um jovem bem apessoado, com as quais bem fariam em casar-se.
Fera passou a ser um especialista, um indivíduo de elevadíssimo QI, um candidato a campeão.
A palavra paixão tem, atualmente, inúmeras conotações.
Pode ser sentimento excessivo, amor ardente, afeto violento, entusiasmo, grande mágoa, cólera, alucinação, sentimento pervertido e até parcialidade. Assim ensinam os dicionários.

Tal multiplicidade de definições chega a inibir o pregador evangélico, ou o escritor sacro.
Desta sorte, bem fazemos em esclarecer ao público o que queremos dizer quando fazemos alguma afirmação.
Atualmente o mundo conhece em abundância a paixão que mata.
O Evangelho, ao contrário, aponta uma paixão que faz viver.
Jesus exerceu Seu ministério terreno movido por uma superior paixão: buscar e salvar o que se havia perdido, Lc 19.10.
Moisés, no AT e Paulo, no NT, são exemplos clássicos da paixão pelo bem-estar de outros.
Nós, pregadores, precisamos falar ao Povo de Deus sobre a necessidade e a importância de ser possuído por uma paixão pelas almas.
Um dos mais extraordinários livros que se produziu nos últimos cem anos foi escrito por Oswald Smith: PAIXÃO PELAS ALMAS.
Cada crente deveria possuí-lo. Todos deveriam lê-lo.
Muitas pessoas têm me abordado para declarar que estranham o fato de renomados pregadores manejarem com muita graça e eloqüência a Palavra de Deus, mas inteiramente desprovidos de paixão pelos perdidos.
Spurgeon e Moody não poderão ressuscitar e voltar aos púlpitos. Billy Sunday já não mais dispõe de força e saúde para pregar em Cruzadas, como fez por décadas.
Mas todos sentimos falta de sua ardente paixão.
A obsessão por agitar as massas está expulsando da Casa de Deus a virtude de fazer chorar o coração que se enche de arrependimento.
Graças a Deus pelos avivalistas. Mas, Deus, por onde anda a paixão por ver almas aos pés de Teu Filho e vidas extraviadas retornando ao Lar Paterno?
Existe paixão e paixão. A de reunir para receber aplausos e a de ajuntar para projetar a glória de Deus.
Sempre fui, sou e serei otimista. Creio que a falsa paixão, aquela que se concentra no vil metal e nas glórias ilusórias da fama, cederá lugar à paixão legítima, espiritual, divina. Aquela que contempla o sangue que opera o milagre da regeneração.
Essa paixão levou John Knox a clamar: Senhor, dá-me a Escócia, ou morrerei.
Knox herdou essa paixão de Paulo, que disse: Ai de mim, se não pregar o Evangelho.
Paulo herdou a sua de Jesus, que bradou na cruz: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
A Paixão do Filho é a mesma do Pai: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?

Sexta-feira, 7 de Março de 2008


Escrito pelo Pr. Geziel Gomes.
http://prgeziel.blogspot.com

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